Ilustríssimo Senhor Capitão Florêncio
Meu primo da minha veneração, estimarei que chegasse a salvamente da sua viagem, pois escrevi-lhe e tornou-me a carta, dizendo-me que Vossa Senhoria tinha ido para a corta do Rio de Janeiro. O que muito sentimos, e não cessávamos de implorar a Deus o levasse e trouxesse a salvamente. E queira Deus Vossa Senhoria se lembrasse lá de mim, para me trazer o pedido do meu menino, pois muito preciso para o suprir no estudo, com o necessário.
Vejo o que Vossa Senhoria diz respeito o Domiciano para porta-bandeira. Se Vossa Senhoria me promete ele subir logo a oficial, eu quero, mas se vossa senhoria pudesse fazê-lo lá de fora para não ser chamado a serviço, porque estamos nesta fazenda arredada de povoação quatro léguas e terra sujeita a gentios, e temos tanto medo que ele não sai do pé de nós. A mesa mesmo não vai, ouvia quando mandar-nos buscar padre aqui de nossa ermida. E eu, a respeito do Domiciano José da Fonseca, não lhe digo mais nada se não que tome conta dele como seu filho e seu compadre, pois a sua comadrinha que há de de ser e Deus quiser muito lhe quer. E Vossa Senhoria há de estar certo quando eu lhe prometi uma comadre muito gentil. Deus guarde a Vossa Senhoria como lhe deseja quem é.
De Vossa Senhoria, prima muito afetuosa e obrigadíssima,
Eugênia. |