Ponte de Lima, 17
maio de 1798.

Meu querido irmão e amante do coração. Alegro-me
muito com as suas boas notícias. Deus lhe conserve a
vida como de contínuo lhe peço, e lhe dê mil
felicidades.

Já no correio passado escrevi a Vossa Senhoria a respeito
do bom êxito do nosso negócio, e lhe agradeço
mil vezes o cuidado que tem tido na conclusão
dele, pois, se Vossa Senhoria não fosse, nada se concluiria,
nem as Misericórdias aceitavam em capital
a escritura e apólices, se a proposta não viesse
feita pela sua mão, a quem desejam obsequiar
em tudo e por tudo. O favor foi grande por muitas
razões, basta não pagarmos juros, livrarmo-nos
d'umas poucas de demandas com a Misericórdia,
com o feito de Francisco Joaquim e et cetera, e pagar-se
uma dívida de sete para oito mil cruzados
com tanta suavidade, Deus seja louvado para